O MUTISMO SELETIVO é um transtorno de ansiedade com base genética – sem especificação conhecida – que bloqueia a linguagem falada e expressão facial e corporal da pessoa quando se encontra frente a pessoas desconhecidas ou que não sejam de sua total confiança. Aparte disso, a pessoa possui todas suas capacidades e processos psicológicos intactos, sendo que normalmente se sobressaem da média em seu coeficiente intelectual e outras habilidades.
Sua atenção costuma ser muito boa, tanto como é típica a tendência ao perfeccionismo, o que leva aos mudos seletivos a se sobressair potencialmente a nível acadêmico ou em outras áreas, desde que as condições não sejam adversas.
O autismo, por sua vez, é um transtorno-diferença no desenvolvimento neurológico, com bases genéticas, o qual se caracteriza por uma limitada interação social e da comunicação com os demais, sem exceção com respeito a pessoas ou entornos, além de apresentar condutas repetitivas e limitadas.
A pessoa com Mutismo Seletivo tem sua função de linguagem, desenvolvimento e potencial intactos, sendo assim o utiliza eloquente e profusamente com aqueles em quem confia, enquanto a pessoa com Autismo não chega a desenvolver esta função e outras, pelo transtorno em seu desenvolvimento nervoso.
A pessoa com Autismo convive com esta condição por toda sua vida, embora evolucione e aprenda a adaptar-se e lidar com os desafios da vida a depender da estimulação, apoio, afeto e possibilidades que lhes sejam apresentadas, sempre dentro dos limites que a condição de um desenvolvimento neurológico limitado impõe.
No Autismo o processamento da informação no cérebro é diretamente afetada, o que define as limitações a nível cognitivo e de linguagem.
No Mutismo Seletivo a cognição e comunicação em si mesmas estão em perfeito estado, sendo somente a comunicação através da linguagem falada-expressiva inibida pela ansiedade situacional.
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